domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa é verdadeira salvação da humanidade, diz Bento XVI

Da Redação, com Rádio Vaticano
Bento XVI olha os fiéis que chegaram à Praça São Pedro, no Vaticano, para a Benção ''Urbi et orbi''
“A Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade!”, disse o Papa Bento XVI neste domingo de Páscoa, 4, em sua Mensagem de Páscoa e Benção "Urbi et orbi" (à cidade e ao mundo), às 12h de Roma (7h de Brasília), no palco central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

"Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: 'Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!'"

Na tradicional mensagem, o Santo Padre afirmou que “a humanidade atravessa uma crise que requer mudanças profundas, a partir das consciências; uma espécie de êxodo, de conversão espiritual e moral”.

“O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este 'êxodo' verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social”, enfatizou.

Na mensagem, o Papa também pediu e fez orações pela paz na Terra Santa e pelo fim dos crimes ligados ao tráfico de drogas na América Latina e no Caribe. Encorajou os povos do Haiti e do Chile, atingidos pelo terremoto, e apelou à comunidade internacional para que não deixe de enviar ajudas.

Bento XVI lembrou-se também da África, de modo especial, do Congo, Guiné e Nigéria, e pediu o término dos conflitos que continuam a provocar destruições e sofrimento e se obtenham reconciliação e paz, garantias de desenvolvimento.

O Papa referiu-se aos cristãos que em função de sua fé sofrem perseguições e são até mesmo mortos, como no Paquistão, e aos que vivem em meio a provações e sofrimentos, como no Iraque.

Aos países assolados pelo terrorismo e pelas discriminações sociais ou religiosas, o Pontífice recomendou que favoreçam o diálogo e a convivência serena e o desenvolvimento de uma economia solidária: “Aos responsáveis de todas as Nações, a Páscoa de Cristo traga luz e força para que a atividade econômica e financeira seja finalmente orientada segundo critérios de verdade, justiça e ajuda fraterna”.

Ao concluir sua Mensagem “Urbi et orbi”, o Papa destacou que Páscoa não efetua magias. “Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico!".

Após a leitura da mensagem, Bento XVI saudou os cerca de 100 mil fiéis, segundo informação da Polícia romana – em 65 línguas, 2 a mais do que no ano passado: islandês e cazaque.

Em seguida, concedeu a todos os que participaram, pessoalmente ou através do rádio ou TV, a benção pascal, com a indulgência plenária.

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