domingo, 27 de dezembro de 2009

Onde está Jesus?

Onde está Jesus?

Jesus está aonde eu O levo! Isso significa que não existe circunstância na qual Cristo não possa estar, embora insistamos em nos perguntar e nos queixar de Sua ausência.

Pense nisso e mude de atitude. Somos nós que devemos levá-Lo para as situações da nossa vida, de nossos familiares e conhecidos. Esta é a única forma de concretizarmos Sua presença, de maneira que nós e as pessoas que nos cercam compreendamos que Ele está no meio de nós.

Não é uma presença mágica; porque O seguimos, somos, além de sinais, canais de Sua presença viva e eficaz!

Tenha um feliz e santo Natal, cheio das surpresas de Deus!

Fortaleça sua fé através da Seção Artigos e Matérias do Portal OFICIAL da Paróquia Sant'Ana de Araçatuba. Clique aqui

Angelus por ocasião da Festa da Sagrada Família - 2009


Angelus por ocasião da Festa da Sagrada Família - 2009


Vatican Information Service, com tradução de CN Notícias


Queridos irmãos e irmãs,

hoje é o Domingo da Sagrada Família. Possamos agora identificar-nos com os pastores de Belém que, logo após receberem o anúncio do anjo, foram rapidamente para a Gruta e encontraram "Maria e José e o menino, deitado numa manjedoura" (Lc 2, 16). Detenhamo-nos a contemplar esta cena e a refletir sobre seu significado. As primeiras testemunhas do nascimento de Cristo, os pastores, encontraram não apenas o Menino Jesus, mas uma pequena família: mãe, pai e filho recém-nascido. Deus escolheu revelar-se nascendo em uma família humana e, por isso, a família humana se tornou ícone de Deus! Deus é Trindade, é comunhão de amor, e a família, mesmo com toda a diferença entre o mistério divino e a criatura humana, é uma expressão que reflete o mistério insondável do Deus amor. O homem e a mulher, criados à imagem de Deus. se tornam no casamento "uma só carne" (Gn 2, 24), isto é, uma comunhão de amor que gera vida nova. A família humana, em certo sentido, é ícone da Santíssima Trindade, seja pelo amor interpessoal, seja pela fecundidade do amor.

A liturgia de hoje oferece o célebre episódio evangélico de Jesus que, aos doze anos, permanece no Templo de Jerusalém sem o conhecimento de seus pais. Surpresos e preocupados, eles o encontrarão de três dias depois, discutindo com os doutores. A mãe pede que ele dê explicações, ao que Jesus responde que ele deve estar na casa de seu Pai, que é Deus (cf. Lc 2, 49). Neste episódio, o menino Jesus aparece cheio de zelo por Deus e pelo Templo. Nos perguntemos: de onde tinha ouvido Jesus sobre o amor pelas "coisas" do Pai? Certamente, como Filho, teve um conhecimento íntimo de Deus, uma profunda relação pessoal, permanente com seu pai, mas na sua cultura concreta certamente aprendeu a oração, o amor ao Templo e às instituições de Israel com seus pais. Assim, podemos dizer que a decisão de Jesus de permanecer no Templo foi sobretudo resultado de sua relação íntima com o Pai, mas também fruto da educação recebida de Maria e José. Aqui, vislumbramos o verdadeiro significado da educação cristã: é o resultado de uma colaboração próxima entre os educadores e Deus. A família cristã está ciente de que os filhos são um dom e um plano de Deus. Portanto, não podem considerá-los como propriedade sua, mas, servindo aos planos de Deus, é chamada para educá-los na maior liberdade, que é própria daquele que diz 'sim' a Deus para fazer Sua vontade. Desse "sim" à Virgem Maria é o exemplo perfeito. A Ela confiamos todas as famílias, rezando especialmente valioso para a sua missão educativa.

E agora eu digo, em espanhol, para aqueles que participam na festa da Sagrada Família, em Madrid.

Saúdo cordialmente aos pastores e fiéis congregados em Madrid para celebrar con alegria a Sagrada Família de Nazaré. Como não recordar o verdadeiro significado desta festa? Deus, vindo ao mundo no seio de uma família, manifesta que esta instituição é caminho seguro para encontrá-lo e conhecê-lo, bem como faz um chamamento permanente a trabalhar pela unidade de todos em torno do amor. Por isso, um dos maiores serviços que os cristãos podemos prestar a nossos semelhantes é o testemunho serene e firme da família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a, pois ela é de suma importância para o presente e o futuro da humanidade. Com efeito, a família é a melhor escola para se aprender a viver aqueles valores que dignifican a pessoa e tornam grandes os povos. É também nela que se compartilham as penas e as alegrias, sentindo-se todos unidos pelo carinho que reina em casa pelo mero fato de ser membros da mesma família. Peço a Deus que em vossos lares se respire sempre esse amor de total entrega e fidelidade que Jesus trouxe ao mundo com seu nascimento, alimentando-o e fortalecendo-o com a oração cotidiana, a prática constante das virtudes, a recíproca compreensão e o respeito mútuo. Vos animo, pois, a que, confiando na materna intercesão de Maria Santíssima, Rainha das Famílias, e na poderosa proteção de São José, seu esposo, vos dediqueis sem descanso a esta bela misão que o Senhor colocou em vossas mãos. Contai com minha proximidade e afeto, e os rogo que leveis uma saudação especial do Papa a vossos entes queridos mais necessitados ou que se encontram em dificuldade. Abençoo a todos de coração.

[Saludo cordialmente a los pastores y fieles congregados en Madrid para celebrar con gozo la Sagrada Familia de Nazaret. ¿Cómo no recordar el verdadero significado de esta fiesta? Dios, habiendo venido al mundo en el seno de una familia, manifiesta que esta institución es camino seguro para encontrarlo y conocerlo, así como un llamamiento permanente a trabajar por la unidad de todos en torno al amor. De ahí que uno de los mayores servicios que los cristianos podemos prestar a nuestros semejantes es ofrecerles nuestro testimonio sereno y firme de la familia fundada en el matrimonio entre un hombre y una mujer, salvaguardándola y promoviéndola, pues ella es de suma importancia para el presente y el futuro de la humanidad. En efecto, la familia es la mejor escuela donde se aprende a vivir aquellos valores que dignifican a la persona y hacen grandes a los pueblos. También en ella se comparten las penas y las alegrías, sintiéndose todos arropados por el cariño que reina en casa por el mero hecho de ser miembros de la misma familia. Pido a Dios que en vuestros hogares se respire siempre ese amor de total entrega y fidelidad que Jesús trajo al mundo con su nacimiento, alimentándolo y fortaleciéndolo con la oración cotidiana, la práctica constante de las virtudes, la recíproca comprensión y el respeto mutuo. Os animo, pues, a que, confiando en la materna intercesión de María Santísima, Reina de las Familias, y en la poderosa protección de San José, su esposo, os dediquéis sin descanso a esta hermosa misión que el Señor ha puesto en vuestras manos. Contad además con mi cercanía y afecto, y os ruego que llevéis un saludo muy especial del Papa a vuestros seres queridos más necesitados o que se encuentran en dificultad. Os bendigo a todos de corazón.]

Acesse mais sobre a fé no Portal OFICIAL da Paróquia Sant'Ana - http://www.paroquiasantanaa-ta.com.br

sábado, 26 de dezembro de 2009

O Portal Oficial da Paróquia Sant'Ana é www.paroquiasantana-ata.com.br

Não aceite imitações, o Portal oficial da Paróquia Sant'Ana é www.paroquiasantana-ata.com.br e seja bem vindo ao mundo da fé

Papa está bem, mesmo após ter sido derrubado em Missa

Papa está bem, mesmo após ter sido derrubado em Missa


Da Redação


O Papa Bento XVI está bem e cumpriu normalmente a agenda das festividades de Natal, mesmo após ter sido derrubado por uma mulher com aparentes problemas psiquiátricos, durante a procissão de entrada da Missa do Galo, ontem, no Vaticano.

Segundo o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, o Pontífice caiu rapidamente e não teve nenhum ferimento. Mas o cardeal francês Reger Etchegaray, de 87 anos, que estava ao lado do Papa, também caiu, fraturou o fêmur e passará por cirurgia.

Mesmo com o incidente, Bento XVI celebrou normalmente a Missa do Galo e, ao final da celebração, aproximou-se dos fiéis para abençoar as crianças.

Homilía de Bento XVI na Missa de Natal


Homilía de Bento XVI na Missa de Natal


Da Redação, com Rádio Vaticano


Amados irmãos e irmãs,

«Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9, 5). Aquilo que Isaías, olhando ao longe para o futuro, diz a Israel como consolação nas suas angústias e obscuridade, o Anjo, de quem emana uma nuvem de luz, anuncia-o aos pastores como presente: «Nasceu-vos hoje, um Salvador, que é o Messias Senhor, na cidade de David,» (Lc 2, 11). O Senhor está presente. Desde então, Deus é verdadeiramente um «Deus conosco». Já não é o Deus distante, que, através da criação e por meio da consciência, se pode de algum modo intuir de longe. Ele entrou no mundo. É o Vizinho. Disse-o Cristo ressuscitado aos seus, a nós: «Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos tempos» (Mt 28, 20). Nasceu para vós o Salvador: aquilo que o Anjo anunciou aos pastores, Deus no-lo recorda agora por meio do Evangelho e dos seus mensageiros. Trata-se de uma notícia que não pode deixar-nos indiferentes. Se é verdadeira, mudou tudo. Se é verdadeira, diz respeito a mim também. Então, como os pastores, devo dizer também eu: Levantemo-nos, quero ir a Belém e ver a Palavra que aconteceu lá. Não é sem intuito que o Evangelho nos narra a história dos pastores. Estes mostram-nos o modo justo como responder àquela mensagem que nos é dirigida também a nós. Que nos dizem então estas primeiras testemunhas da encarnação de Deus?

A respeito dos pastores, diz-se em primeiro lugar que eram pessoas vigilantes e que a mensagem pôde chegar até eles precisamente porque estavam acordados. Nós temos de despertar, para que a mensagem chegue até nós. Devemos tornar-nos pessoas verdadeiramente vigilantes. Que significa isto? A diferença entre um que sonha e outro que está acordado consiste, antes de mais nada, no fato de aquele que sonha se encontrar num mundo particular. Ele está, com o seu eu, fechado neste mundo do sonho que é apenas dele e não o relaciona com os outros. Acordar significa sair desse mundo particular do eu e entrar na realidade comum, na única verdade que a todos une. O conflito no mundo, a recíproca inconciliabilidade derivam do fato de estarmos fechados em nossos próprios interesses e opiniões pessoais, em nosso próprio e minúsculo mundo privado. O egoísmo, tanto do grupo como do indivíduo, mantém-nos prisioneiros em nossos interesses e desejos, que contrastam com a verdade e dividem-nos uns dos outros. Acordai: diz-nos o Evangelho. Vinde para fora, a fim de entrar na grande verdade comum, na comunhão do único Deus. Acordar significa, portanto, desenvolver a sensibilidade para com Deus, para com os sinais silenciosos pelos quais Ele quer nos guiar, para os múltiplos indícios da sua presença. Há pessoas que se dizem «religiosamente desprovidas de ouvido musical». A capacidade de perceber Deus parece quase uma qualidade que é recusada por alguns. E, realmente, a nossa maneira de pensar e agir, a mentalidade do mundo atual, a gama das nossas diversas experiências parecem talhadas para reduzir a nossa sensibilidade a Deus, para nos tornar «desprovidos de ouvido musical» a respeito d’Ele. E todavia em cada alma está presente de maneira velada ou patente a expectativa de Deus, a capacidade de encontrá-Lo. A fim de obter esta vigilância, este despertar para o essencial, queremos rezar, por nós mesmos e pelos outros, por quantos parecem ser «desprovidos deste ouvido musical» e contudo neles está vivo o desejo de que Deus Se manifeste. O grande teólogo Orígenes disse: Se eu tivesse a graça de ver como viu Paulo, poderia agora (durante a Liturgia) contemplar um falange imensa de Anjos (cf. In Lc 23, 9). De facto, na Liturgia sagrada, rodeiam-nos os Anjos de Deus e os Santos. O próprio Senhor está presente no meio de nós. Senhor, abri os olhos dos nossos corações, para nos tornarmos vigilantes e videntes e assim podermos estender a vossa proximidade também aos outros!

Voltemos ao Evangelho de Natal. Aí se narra que os pastores, depois de terem ouvido a mensagem do Anjo, disseram uns para os outros: «“Vamos até Belém” (…). Partiram então a toda a pressa» (Lc 2, 15s). «Apressaram-se»: diz, literalmente, o texto grego. O que lhes fora anunciado era tão importante que deviam ir imediatamente. Com efeito, o que lhes fora dito ultrapassava totalmente aquilo a que estavam habituados. Mudava o mundo. Nasceu o Salvador. O esperado Filho de David veio ao mundo na sua cidade. Que podia haver de mais importante? Impelia-os certamente a curiosidade, mas sobretudo o alvoroço pela realidade imensa que fora comunicada precisamente a eles, os pequenos e homens aparentemente irrelevantes. Apressaram-se… sem demora. Na nossa vida ordinária, as coisas não acontecem assim. A maioria dos homens não considera prioritárias as coisas de Deus. Estas não nos premem de forma imediata. E assim nós, na grande maioria, estamos prontos a adiá-las. Antes de tudo faz-se aquilo que se apresenta como urgente aqui e agora. No elenco das prioridades, Deus Se encontra frequentemente quase no último lugar. Isto – pensa-se – poder-se-á realizar sempre. O Evangelho diz-nos: Deus tem a máxima prioridade. Se alguma coisa na nossa vida merece a nossa pressa sem demora, isso só pode ser a causa de Deus. Diz uma máxima da Regra de São Bento: «Nada antepor à obra de Deus (isto é, ao ofício divino)». Para os monges, a Liturgia é a primeira prioridade; tudo o mais vem depois. Mas, no seu núcleo, esta frase vale para todo o homem. Deus é importante, a realidade absolutamente mais importante da nossa vida. É precisamente esta prioridade que nos ensinam os pastores. Deles queremos aprender a não deixar-nos esmagar por todas as coisas urgentes da vida de cada dia. Deles queremos aprender a liberdade interior de colocar em segundo plano outras ocupações – por mais importantes que sejam – a fim de nos encaminharmos para Deus, a fim de O deixarmos entrar na nossa vida e no nosso tempo. O tempo empregue para Deus e, a partir d’Ele, para o próximo nunca é tempo perdido. É o tempo em que vivemos de verdade, em que vivemos o ser próprio de pessoas humanas.

Alguns comentadores observam que foram os pastores, as almas simples, os primeiros que buscaram a Jesus na manjedoura e puderam encontrar o Redentor do mundo. Os sábios vindos do Oriente, os representantes daqueles que possuem classe e nome chegaram muito mais tarde. E os comentadores acrescentam: O motivo é totalmente óbvio. De fato, os pastores habitavam perto. Não tinham de fazer mais nada senão «atravessar» (cf. Lc 2, 15), como se atravessa um breve espaço para ir ter com os vizinhos. Ao contrário, os sábios habitavam longe. Tinham de percorrer um caminho longo e difícil para chegar a Belém. E precisavam de guia e de orientação. Pois bem, hoje também existem almas simples e humildes que habitam muito perto do Senhor. São, por assim dizer, os seus vizinhos e podem facilmente ir ter com Ele. Mas a maior parte de nós, homens modernos, vive longe de Jesus Cristo, d’Aquele que Se fez homem, de Deus que veio para o nosso meio. Vivemos em filosofias, em negócios e ocupações que nos enchem totalmente e a partir dos quais o caminho para a manjedoura é muito longo. De variados modos e repetidamente, Deus tem de nos impelir e dar uma mão para podermos sair do emaranhado dos nossos pensamentos e ocupações e encontrar o caminho para Ele. Mas há um caminho para todos. Para todos, o Senhor estabelece sinais pessoalmente adequados. Chama-nos a todos, para que nos seja possível também dizer: Levantemo-nos, «atravessemos», vamos a Belém, até junto d’Aquele Deus que veio ao nosso encontro. Sim, Deus Se dirigiu para nós. Sozinhos, não poderíamos chegar até Ele. O caminho supera as nossas forças. Mas Deus desceu. Vem ao nosso encontro. Percorreu a parte mais longa do caminho. Agora pede-nos: Vinde e vede quanto vos amo. Vinde e vede que Eu estou aqui. Transeamus usque Bethleem: diz a Bíblia latina. Atravessemos para o outro lado! Ultrapassemo-nos a nós mesmos! Façamo-nos viandantes rumo a Deus dos mais variados modos: sentindo-nos interiormente a caminho para Ele; mas também em caminhos muito concretos, como na Liturgia da Igreja, no serviço do próximo onde Cristo me espera.

Ouçamos uma vez mais diretamente o Evangelho. Os pastores dizem uns aos outros o motivo por que se põem a caminho: «Vamos ver o que aconteceu». Literalmente o texto grego diz: «Vejamos esta Palavra, que lá aconteceu». Sim, aqui está a novidade desta noite: a Palavra pode ser vista, porque Se fez carne. Aquele Deus de quem não se deve fazer qualquer imagem, porque toda a imagem poderia apenas reduzi-Lo, antes desvirtuá-Lo, aquele Deus tornou-Se, Ele mesmo, visível n’Aquele que é a sua verdadeira imagem, como diz Paulo (cf. 2 Cor 4, 4; Col 1, 15). Na figura de Jesus Cristo, em todo o seu viver e operar, no seu morrer e ressuscitar, podemos ver a Palavra de Deus e, consequentemente, o próprio mistério do Deus vivo. Deus é assim. O Anjo dissera aos pastores: «Isto vos servirá de sinal: achareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12; cf. 16). O sinal de Deus, o sinal que é dado aos pastores e a nós não é um milagre impressionante. O sinal de Deus é a sua humildade. O sinal de Deus é que Ele Se faz pequeno; torna-Se menino; deixa-Se tocar e pede o nosso amor. Quanto desejaríamos nós, homens, um sinal diverso, imponente, irrefutável do poder de Deus e da sua grandeza! Mas o seu sinal convida-nos à fé e ao amor e assim nos dá esperança: assim é Deus. Ele possui o poder e é a Bondade. Convida a tornarmo-nos semelhantes a Ele. Sim, tornamo-nos semelhantes a Deus, se nos deixarmos plasmar por este sinal; se aprendermos, nós mesmos, a humildade e deste modo a verdadeira grandeza; se renunciarmos à violência e usarmos apenas as armas da verdade e do amor. Orígenes, na linha de uma palavra de João Batista, viu expressa a essência do paganismo no símbolo das pedras: paganismo é falta de sensibilidade, significa um coração de pedra, que é incapaz de amar e de perceber o amor de Deus. Orígenes diz a respeito dos pagãos: «Desprovidos de sentimento e de razão, transformam-se em pedras e madeira» (In Lc 22, 9). Mas Cristo quer nos dar um coração de carne. Quando O vemos, ao Deus que Se tornou um menino, abre-se-nos o coração. Na Liturgia da Noite Santa, Deus vem até nós como homem, para nos tornarmos verdadeiramente humanos. Escutemos uma vez mais Orígenes: «Com efeito, de que te aproveitaria Cristo ter vindo uma vez na carne, se Ele não chegasse até à tua alma? Oremos para que venha diariamente a nós e possamos dizer: vivo, contudo já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim (Gal 2, 20)» (In Lc 22, 3).

Sim, por isto queremos rezar nesta Noite Santa.

Senhor Jesus Cristo, Vós que nascestes em Belém, vinde a nós! Entrai em mim, na minha alma. Transformai-me. Renovai-me. Fazei que eu e todos nós, de pedra e madeira que somos, nos tornemos pessoas vivas, nas quais se torna presente o vosso amor e o mundo é transformado.



Veja esta e muitas outras matérias em nosso Portal na Seção Artigos e Matérias

Mensagem Urbi et Orbi, de Bento XVI, por ocasião do Natal


Mensagem Urbi et Orbi, de Bento XVI, por ocasião do Natal


Rádio Vaticano


Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro,
e vós todos, homens e mulheres amados pelo Senhor!

«Lux fulgebit hodie super nos,
quia natus est nobis Dominus.
- Hoje sobre nós resplandecerá uma luz
porque nasceu para nós o Senhor»
(Missal Romano: Antífona de Entrada, da Missa da Aurora no Natal do Senhor)

A liturgia da Missa da Aurora lembrou-nos que a noite já passou, o dia vai alto; a luz que provém da gruta de Belém resplandece sobre nós.

Todavia a Bíblia e a Liturgia não nos falam da luz natural, mas de uma luz diversa, especial, de algum modo apontada e orientada para um «nós», o mesmo «nós» para quem o Menino de Belém «nasceu». Este «nós» é a Igreja, a grande família universal dos que acreditam em Cristo, que aguardaram com esperança o novo nascimento do Salvador e hoje celebram no mistério a perene atualidade deste acontecimento.

Ao princípio, ao redor da manjedoura de Belém, aquele «nós» era quase invisível aos olhos dos homens. Como nos diz o Evangelho de São Lucas, englobava, para além de Maria e José, poucos e humildes pastores que acorreram à gruta avisados pelos Anjos. A luz do primeiro Natal foi como um fogo aceso na noite. À volta tudo estava escuro, enquanto na gruta resplandecia a luz verdadeira «que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9). E no entanto tudo acontece na simplicidade e ocultamente, segundo o estilo com que Deus atua em toda a história da salvação. Deus gosta de acender luzes circunscritas, para iluminarem depois ao longe e ao largo. A Verdade e também o Amor, que são o seu conteúdo, acendem-se onde a luz é acolhida, difundindo-se depois em círculos concêntricos, quase por contato, nos corações e mentes de quantos, abrindo-se livremente ao seu esplendor, se tornam por sua vez fontes de luz. É a história da Igreja que inicia o seu caminho na pobre gruta de Belém e, através dos séculos, se torna Povo e fonte de luz para a humanidade. Também hoje, por meio daqueles que vão ao encontro do Menino, Deus ainda acende fogueiras na noite do mundo para convidar os homens a reconhecerem em Jesus o «sinal» da sua presença salvífica e libertadora e estender o «nós» dos crentes em Cristo à humanidade inteira.

Onde quer que haja um «nós» que acolhe o amor de Deus, aí resplandece a luz de Cristo, mesmo nas situações mais difíceis. A Igreja, como a Virgem Maria, oferece ao mundo Jesus, o Filho, que Ela própria recebeu em dom e que veio para libertar o homem da escravidão do pecado. Como Maria, a Igreja não tem medo, porque aquele Menino é a sua força. Mas, não O guarda para si: oferece-O a quantos O procuram de coração sincero, aos humildes da terra e aos aflitos, às vítimas da violência, a quantos suspiram pelo bem da paz. Também hoje, à família humana profundamente marcada por uma grave crise, certamente económica mas antes ainda moral, e por dolorosas feridas de guerras e conflitos, a Igreja, com o estilo da partilha e da fidelidade ao homem, repete com os pastores: «Vamos até Belém» (Lc 2, 15), lá encontraremos a nossa esperança.

O «nós» da Igreja vive no território onde Jesus nasceu, na Terra Santa, para convidar os seus habitantes a abandonarem toda a lógica de violência e represália e a comprometerem-se com renovado vigor e generosidade no caminho para uma convivência pacífica. O «nós» da Igreja está presente nos outros países do Médio Oriente. Como não pensar na atribulada situação do Iraque e no «pequenino rebanho» de cristãos que vive na região? Às vezes sofre violências e injustiças, mas está sempre disposto a oferecer a sua própria contribuição para a edificação da convivência civil contrária à lógica do conflito e rejeição do vizinho. O «nós» da Igreja actua no Sri Lanka, na Península Coreana e nas Filipinas, e ainda noutras terras asiáticas, como fermento de reconciliação e de paz. No continente africano, não cessa de erguer a voz até Deus para implorar o fim de toda a prepotência na República Democrática do Congo; convida os cidadãos da Guiné e do Níger ao respeito dos direitos de cada pessoa e ao diálogo; aos de Madagáscar pede para superarem as divisões internas e acolherem-se reciprocamente; a todos lembra que são chamados à esperança, não obstante os dramas, provações e dificuldades que continuam a afligi-los. Na Europa e na América do Norte, o «nós» da Igreja incita a superar a mentalidade egoísta e tecnicista, a promover o bem comum e a respeitar as pessoas mais débeis, a começar daquelas ainda por nascer. Nas Honduras, ajuda a retomar o caminho institucional; em toda a América Latina, o «nós» da Igreja é fator de identidade, plenitude de verdade e caridade que nenhuma ideologia pode substituir, apelo ao respeito dos direitos inalienáveis de cada pessoa e ao seu desenvolvimento integral, anúncio de justiça e fraternidade, fonte de unidade.

Fiel ao mandato do seu Fundador, a Igreja é solidária com aqueles que são atingidos pelas calamidades naturais e pela pobreza, mesmo nas sociedades opulentas. Frente ao êxodo de quantos emigram da sua terra e são arremessados para longe pela fome, a intolerância ou a degradação ambiental, a Igreja é uma presença que chama ao acolhimento. Numa palavra, a Igreja anuncia por toda a parte o Evangelho de Cristo, apesar das perseguições, as discriminações, os ataques e a indiferença, por vezes hostil, mas que lhe consentem de partilhar a sorte do seu Mestre e Senhor.

Queridos irmãos e irmãs, que grande dom é fazer parte de uma comunhão que é para todos! É a comunhão da Santíssima Trindade, de cujo seio desceu ao mundo o Emanuel, Jesus, Deus-conosco. Como os pastores de Belém, contemplamos cheios de maravilha e gratidão este mistério de amor e de luz!

Boas-festas de Natal para todos!


Navegue em Seção Artigos e Matérias de Nosso Portal e veja esta e muitas outras matérias


Capela Santa Rita de Cássia Missa Especial de Natal


Capela Santa Rita de Cássia - Missa Especial de Natal

Natal é tempo de celebrar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também é tempo de celebrar a vida, a paz,a reconciliação e o amor.
Com essas intenções a Santa Missa Especial de Natal foi celebrada na Capela Santa Rita de Cássia, presidida pelo Padre Sílvio.


Acesse aqui para poder ver como foi ou clique na figura


Nosso Portal Oficial - www.paroquiasantana-ata.com.br

Comunidade São Miguel Arcanjo - Missa preparada pela Pastoral do Dízimo


Comunidade São Miguel Arcanjo - Missa preparada pela Pastoral do Dízimo Capela Santa Rita

Com o intuito de esclarecer e informar a respeito do dízimo, a Pastoral do Dízimo da Capela Santa Rita em conjunto com a Comunidade São Miguel Arcanjo prepararam e celebraram a Santa Missa do dia 20 de Dezembro de 2009, no Etemp. Padre Sílvio presidiu a celebração. No final, foram distribuídos brinquedos às crianças, arrecadados pela iniciativa da comunidade.

Acesse Aqui ou clique na figura

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

13 anos de sacerdócio do Padre Orlando - Veja como foi


Os funcionários realizaram uma missa surpresa para comemorar os 13 anos do nosso amado Padre Orlando. Um momento de muita emoção e ternura entre nosso pároco e comunidade, confiram!

Acessem aqui ou clique na figura

Mural da Paróquia

Esta é uma nova Seção de Nosso Portal que nasce com o objetivo de criar um grande diálogo de evangelização em toda comunidade através de pedidos de oração, testemunhos, recados do coração e pedidos de benção. Aproveitem este espaço Acesse clicando aqui ou na figura

Veja em nosso Portal, o que o coração do Padre Orlando quer falar para você neste Natal


Acesse: http://www.paroquiasantana-ata.com.br e Veja o que o coração do nosso amado Padre Orlando quer falar para você!

Missa de Natal hoje na Sant'Ana Matriz e Capela Santa Rita


Hoje às 20h30, tanto na Sant'Ana Matriz como na Capela Santa Rita será realizada missa de Natal. O verdadeiro sentido do Natal é recebermos o nascimento do Menino Jesus em nossas vidas, renovando nossas promessas, nossa fé, realizando uma verdadeira conversão. Sua presença é indispensável! Veja endereço dos locais em nosso Portal http://www.paroquiasantana-ata.com.br

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Apelo de paz para a Terra Santa na mensagem de Natal do patriarca latino de Jerusalém Fouad Twal

Apelo de paz para a Terra Santa na mensagem de Natal do patriarca latino de Jerusalém Fouad Twal

(23/12/2009) No âmbito da tradicional Mensagem para o Natal o patriarca latino de Jerusalém Fouad Twal lançou um apelo de paz para toda a Terra Santa,.
Paz para todos os habitantes : para os israelitas e os palestinianos, para os cristãos, os muçulmanos, os judeus e os drusos: são os votos de Natal do patriarca de Jerusalém, que não esquece as dificuldades: "os nossos sonhos de uma reconciliação... parecem ser uma utopia – afirma – apesar dos louváveis esforços por parte de políticos e de homens de boa vontade... faliram todas as tentativas tendentes a alcançar a paz, tanto por parte dos palestinianos como por parte dos israelitas".
"Os palestinianos ainda não têm um Estado próprio", sofrem por causa da ocupação, da difícil situação económica , da destruição de numerosas casas, da separação de muitas famílias divididas pelo muro construído pelos israelitas, sofrem por causa da poluição das águas.
Jerusalém corre o risco de tornar-se uma cidade "exclusiva" em vez de ser universal. Por outro lado, os israelitas "vivem num grande medo que lhes impede de tomar decisões corajosas para pôr fim ao conflito".
"Todavia – prossegue Dom Twal – a nossa esperança continua viva. A esperança é a capacidade de <>... Há alguns sinais positivos": o bloqueio parcial da construção dos colonatos e a remoção de mais de cinquenta postos de controle na Cisjordânia; a generosidade da comunidade internacional, com o seu apoio financeiro, é um grande sinal de esperança.
A visita do Papa em Maio passado está a dar os seus frutos: o maciço afluxo de peregrinos; a construção em Belém de uma nova Clínica Pediátrica, intitulada a Bento XVI; o projecto da Universidade de Madaba na Jordânia, cuja primeira pedra foi benzida pelo próprio pontífice; a construção em Jerusalém de um complexo residencial para 72 casais jovens; a convocação de um Sínodo para o Oriente Médio, que se realizará em outubr o de 2010; a beatificação de Irmã Maria Alfonsina, nascida em Jerusalém e fundadora da Congregação das Irmãs do Rosário.
Dom Twal afirma ainda que "o maior dom que podemos desejar, mais do que o dinheiro e a riqueza, é o dom da paz... A paz é um dom de Deus aos homens de boa vontade. Devemos conquistar esse dom".
O patriarca de Jerusalém conclui com a profecia de Isaías na esperança de que um dia os habitantes da Terra Santa " das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças foices (Is 2, 4).

Incontestável a amizade do Papa em relação ao povo judaico

Incontestável a amizade do Papa em relação ao povo judaico







(23/12/2009) A Santa Sé quis reafirmar na manhã desta quarta feira, na sequencia das polemicas suscitadas pelas noticias relativas á beatificação de Pio XII, que a amizade de Joseph Ratzinger pelos judeus é um dado incontestável.
As disposições de grande amizade e respeito do Papa Bento XVI em relação ao povo hebraico - lê-se numa nota divulgada pelo director da Sala de imprensa da Santa Sé Padre Frederico Lombardi- já foram testemunhadas muitissima vezes e enco ntram no seu proprio trabalho teologico um testemunho incontestáel. Portanto é claro que a recente assinatura do decreto de maneira nenhuma deve ser lida como um acto hostil contra o povo judaico e deseja-se que não seja considerada um obstáculo no caminho do diálogo entre o judaismo e a Igreja catolica. Pelo contrário deseja-se que a proxima visita do Papa á Sinagoga de Roma seja ocasião para reafirmar e saldar com grande cordialidade estes laços de amizade e de estima.

A internet contribuindo para a evangelização. Hoje surgem novos campos, novos areópagos

A internet contribuindo para a evangelização

Hoje surgem novos campos, novos areópagos
Por si só, a invenção do telefone provocou uma grande revolução no mundo das comunicações. O advento do computador, associado às telecomunicações, gerou uma nova tecnologia: a teleinformática. Essa tecnologia é simplesmente responsável pela Internet, um novo conceito em comunicação, responsável pela explosão de uma nova era: a da informação. Vivemos um momento em que a informação viaja na velocidade da luz.

A tecnologia disponível na atualidade imprime uma maior velocidade nas mudanças do nosso cotidiano e a Igreja Católica está sensível a essas mudanças. A Internet deverá ser vista pela Igreja não só como uma ágil ferramenta de comunicação, mas, sobretudo, como um instrumento útil de evangelização de um povo cada vez mais carente de Deus.

Estamos vivendo uma época ímpar, em que a Igreja faz todo esforço possível para adaptar-se, – conforme as exigências do momento, sem, contudo, se distanciar do que é essencial –, às novas tecnologias, com um desejo de construir e fazer acontecer o Reino de Deus, abrindo, assim, uma nova página, início de um novo capítulo na história da evangelização. Para a Igreja, evangelizar é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, é fazer nova todas as coisas (cf. Apoc 21, 5).

Felizmente temos a internet como uma graça que fascina a todos, como um espaço que nos ajuda no descobrimento de novos caminhos, meio imprescindível para fazer ecoar a mensagem do Evangelho, tornando a pessoa humana, nos dias de hoje, mais alegre e feliz, totalmente realizada em Cristo.

Hoje surgem novos campos, novos areópagos. É só olhar o mundo da internet para encontrar os nomes que já são conhecidos: web, sites, meios virtuais, programas interativos de TV, entre outros. À medida que se experimenta a ciência e a tecnologia, é claro e evidente que aparece o avanço na evangelização. As distâncias encurtadas e os acontecimentos e notícias em tempo real são graças e bênçãos. Que beleza e que maravilha!

Por isso, uma corajosa e lúcida imaginação se faz necessária, com uma boa linguagem e bem apropriada, de tal modo que o Evangelho chegue aos homens e mulheres do nosso tempo, envolvendo-os na nossa cultura hodierna, urbana e moderna. Cristo quer o coração ardoroso das pessoas de boa vontade, nas circunstâncias atuais, com novos métodos, novas expressões e novas maneiras.

Agora é preciso que tenhamos, nos dias de hoje, pessoas capacitadas, que vivam a intimidade das novas tecnologias, colocando-as a serviço da Boa Nova da Salvação. Eis o nosso maior desafio, que é o de toda a Igreja. Precisamos de animadores atualizados, que saibam levar a Palavra de Deus ao coração da nossa boa gente, com eficácia e criatividade, num mundo, em grande parte, indiferente, longe e distante da proposta e do convite do nosso Bom Deus, que é para todos.

O documento “A Igreja e a Internet” contribui para maior integração desses modernos recursos na atividade pastoral. A missão que Jesus deixou à Igreja foi a de transmitir aos confins da terra, até ao final dos tempos, Sua mensagem salvadora. Ela deve ser cuidadosamente distinguida do crescimento do Reino de Cristo. Contudo, seu progresso é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para organizar a sociedade humana. Ora, os atuais meios de transmissão de ideias representam fatores importantes na História, pois poderão cooperar, de forma eficaz, para os valores da dignidade humana, da comunidade fraterna e da liberdade, além de facilitar a transmissão do Evangelho.

Padre Anderson Marçal

Cristianismo continua com força, dizem especialistas

Cristianismo continua com força, dizem especialistas


Professores Antônio Pierucci e Sérgio da Mata
“O Cristianismo vai muito bem, obrigado”.

É com essa expressão que o professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em sociologia da religião, Antônio Flávio Pierucci, resume algumas de suas percepções sobre o cenário da religião cristã no Brasil.

Ao contrário do disseminado em muitos setores, Pierucci diagnostica que o cristianismo não perdeu sua força. Passa, no máximo, por um processo de mutação.

Surge a pergunta: e as crises que a religião cristã enfrentaria com o mundo moderno e o advento de tecnologias que tornam mais cômoda a vida dos homens na sociedade?

“É impossível pensar o Ocidente sem pensar o cristianismo”, responde o professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especialista em história das religiões, Sérgio Ricardo da Mata.

Mesmo inserido em um contexto diversificado, em que se multiplicaram os sistemas e éticas religiosas à disposição – especialmente a partir da segunda metade do século XX –, a religião cristã estaria longe de perder sua função de cimento social.

“Ele [o cristianismo] é um processo fundamentalmente histórico, capaz de estar aberto a novas realidades e de se reinventar”, complementa da Mata.

O desafio se encontra exatamente aqui: encontrar as respostas certas para questões como Que elementos devem estar abertos à mudança? Quais são os essenciais e quais os secundários?

Ao mesmo tempo que existe o risco de perecer, caso haja um fechamento muito rígido, acena no horizonte o perigo da flexibilização exagerada. E é aí que os teólogos encontram uma vertente com muito trabalho a ser feito.

“A Igreja é um mundo que permite caminhos diferentes com o mesmo objetivo. Como a característica de nossa época é o pluralismo, é impossível pensar em reproduzir a unicidade da Idade Média, por exemplo”, explica o historiador.


Deus pessoal

Mesmo assim, não se pode fazer vistas grossas para o processo de mutação no papel da religião na sociedade.

A vida pessoal é um terreno apropriado para se constatar essas mudanças. É ali que as numerosas pesquisas do professor Pierucci indicam uma consideração importante: boa parte das pessoas não acha que religião é cumprir mandamentos ou ter boa conduta.

“Muitos fiéis percebem a religião muito mais como ritual – orações, idas ao templo, etc. - que boa conduta. É muito difícil conseguir associar o comportamento ético correto e a religião. As pessoas percebem as duas coisas como instâncias diferentes”, pondera.

Com relação à descristianização, o professor Pierucci explica:

“É um fenômeno que se pode perceber mais nas esferas institucionais. Hoje, há muito menos escolas confessionais, a produção artística já não possui um caráter sacro e os espaços em geral estão menos religiosos, os dias santos são utilizados para compras e lazer”, elenca o especialista.

De acordo com o último censo realizado pelo IBGE, em 2000, cerca de 74% dos brasileiros se denominam católicos, enquanto em torno de 16% são protestantes. Somando as duas estatísticas, o resultado é que praticamente 90% dos brasileiros se consideram cristãos.

As experiências de pesquisa do professor da USP também indicam que o brasileiro possui uma noção bastante intervencionista de Deus. “A maioria dos cristãos acredita que o mesmo Deus bíblico continua interferindo na vida e que não é desinteressado do que acontece conosco”.

Aqui o professor aponta dados interessantes: “Mas Deus sempre é visto como um interventor no positivo e de forma extraordinária”.

A prática religiosa com militância cotidiana e dedicada, ao menos teoricamente, seria uma trilha a ser seguida por poucos. “O grande desafio é integrar o comportamento e a esfera do sagrado”, conclui Pierucci.


Processo histórico

O professor Sérgio explica que, enquanto fenômeno histórico, há duas correntes de pensamento com relação à descristianização.

A primeira coloca a Revolução Francesa como a gênese de todo o processo, com as consequentes secularização, separação estrita entre Igreja e Estado e uma diminuição na participação dos fieis na liturgia e sacramentos.

Já a outra tendência acredita que o fenômeno seria um desdobramento da formação do Estado moderno, com seus inícios nos séculos XV e XVI, e que teria assumido uma forma mais radical na revolução ocorrida na França, em fins do século XIX.

Deus vence a violência sem armas, diz Papa sobre o Natal

Deus vence a violência sem armas, diz Papa sobre o Natal


Da Redação, com Rádio Vaticano



''Naquele menino, Deus tornou-se tão próximo que podemos tratá-lo por tu, numa relação de profundo afeto, como fazemos com um recém-nascido''
"No Natal Deus vem sem armas, sem a força, não quer conquistar de fora: faz-se menino inerme para vencer a violência, a soberba, o desejo de poder do homem", afirmou o Papa Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 23.

Ao aproximarmo-nos do Natal, recordou o Papa, a Igreja convida a nos dispor com fervor e simplicidade à celebração do Nascimento do Salvador. "[Deus] Tornou-se verdadeiramente Emanuel - Deus conosco. Naquele menino, Deus tornou-se tão próximo que podemos tratá-lo por tu, numa relação de profundo afeto, como fazemos com um recém-nascido".

"O desejo que todos trazemos no coração é que a próxima festa de Natal nos dê, no meio da atividade frenética dos nossos dias, serena e profunda alegria para nos fazer tocar com a mão a bondade do nosso Deus e nos infunda nova coragem", acrescentou.

O ano litúrgico da Igreja não se desenvolveu inicialmente partindo do nascimento de Cristo, mas da fé na sua ressurreição, recordou Bento XVI. Portanto, a festa mais antiga da cristandade não é o Natal, mas sim a Páscoa.

A Ressurreição fundamenta a fé cristã, está na base do anúncio do Evangelho e faz nascer a Igreja. "Ser cristãos, portanto, significa viver de maneira pascal, fazendo-nos envolver no dinamismo que é originado pelo Batismo e que leva a morrer ao pecado para viver com Deus".

A liturgia do Natal foi se aprimorando com o passar do tempo. A primeira pessoa que afirmou que Jesus nasceu em 25 de dezembro foi Hipólito de Roma, por volta do século III, no seu comentário ao Livro do Profeta Daniel.

Porém, a atmosfera particular que se respira nesta celebração natalina foi favorecida sobretudo por São Francisco de Assis, devido ao especial amor e devoção que este santo professava ao mistério da encarnação do Filho de Deus.

Tomás de Celano, o biógrafo de São Francisco, narra a intensidade com que São Francisco vivia e celebrava a noite de Natal, a partir da maravilhosa experiência que teve diante do presépio de Greccio.

Ao final da Catequese, o Papa Bento XVI saudou os peregrinos em diversos idiomas. Em português, disse:

"Queridos irmãos e irmãs, a tradição natalícia mais bela, que é o presépio, foi criada por São Francisco de Assis, para recordar a todos como Deus Se revela nos ternos braços de um Menino. A sua condição de criança indica-nos como podemos encontrar Deus e gozar da sua presença. É à luz do Natal que melhor se compreendem estas palavras do Senhor: 'Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no Reino dos Céus'. Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos desejo um Santo Natal, portador das consolações e graças do Deus Menino, a quem vos encomendo ao dar-vos a minha Bênção".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Férias com Deus e não sem Ele - Será que o Senhor aprovaria os locais que escolhemos para descansar?

Férias com Deus e não sem Ele

Será que o Senhor aprovaria os locais que escolhemos para descansar?

Mesmo não querendo desenvolver uma teologia de férias ou de descanso, nos propomos a olhar a Palavra de Deus com esse tema em mente. Ao fazer isso, deparamos com alguns fatos que deveriam nos conduzir a uma reflexão pessoal de como encaramos esse período de descanso e como esse tempo é vivido para a glória do Criador.

Nas primeiras páginas da Bíblia, vemos um fato que não pode passar despercebido para quem pensa nesse assunto. Vemos ali como Deus nos apresenta, pelo exemplo, o que deveria ser nossa atitude para com o trabalho e para com o descanso. “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação” (Gn 2, 2.3).

O Altíssimo não nos dá um exemplo de alguém que busca “sombra e água fresca”, Ele trabalhara muito fazendo com que a criação toda chegasse à existência. Mesmo que não precisasse tanto como nós de descanso após um esforço intenso, o Senhor nos mostra que o descanso tem o seu lugar. E mais ainda: Ele abençoa esse dia e o santifica. Mesmo sendo muito dedicado e esforçado, mesmo que não seja preguiçoso, o Todo-poderoso também não está viciado em trabalho e proporciona a si mesmo um momento de descanso.

O primeiro ensinamento a respeito de descanso e de férias é dado pelo exemplo de Deus, logo após a criação. Mas logo em seguida, nas próximas páginas da Bíblia, encontramos uma palavra de Deus a esse respeito, em forma de ordenação. “Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao SENHOR, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades” (Ex 20, 8-10).

Certamente, Deus não faz nada sem propósito. Se Ele ordena que descansemos no sétimo dia, então, além de usarmos este dia para a glória do Criador, o Senhor está consciente do fato de precisarmos regularmente do descanso. O Novo Testamento nos diz que o nosso corpo é o templo de Espírito Santo. Diante disso é difícil de imaginar que Deus Pai queira para si um templo que esteja cansado e exausto. Isso não seria um lugar agradável para morar.

Virando várias páginas da Sagrada Escritura, chegamos ao Novo Testamento. Ali deparamos com um fato bem interessante com relação ao descanso e, por que não dizer, com relação às férias. “Os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco” (Mc 6, 30.31). Os apóstolos acabam de retornar de um esforço missionário evangelístico. Além disso, recebem a notícia de que João Batista fora decapitado. O movimento em torno de Nosso Senhor Jesus Cristo estava tão intenso que nem mesmo há condições para alimentação adequada. Naquele momento, Cristo entra em ação com esta proposta brilhante: Ele afirma que devem procurar um lugar deserto, isto é, um lugar em que não haja tantas pessoas, um lugar que proporcione tempo e oportunidade de estarem a sós com Ele. Apesar do sucesso do Seu ministério, o Senhor está consciente de que precisa prevenir o estresse, como resultado de atividades tão intensas.

Ainda outro assunto é discutido na Bíblia e bem destacado. Lemos em Êxodo 20 que todos da unidade doméstica estariam incluídos no descanso regular semanal. Interessante notar ali também que inclusive os animais não deveriam fazer tarefa alguma no dia do descanso. Isso fez com que eu me desse conta de que o Criador prevê o descanso para a natureza. Veja, por exemplo, o que lemos em Levítico 25,2-5 “Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou, a própria terra guardará um sábado para o SENHOR. Durante seis anos semeiem as suas lavouras, aparem as suas vinhas e façam a colheita de suas plantações. Mas no sétimo ano a terra terá um sábado de descanso, um sábado dedicado ao SENHOR. Não semeiem as suas lavouras, nem aparem as suas vinhas”. Assim como os homens e os animais precisam de descanso, a natureza também precisa dessa pausa e Deus já estabeleceu isso junto ao Seu povo.

Há mais um momento na vida de Jesus Cristo que merece a nossa atenção nesse contexto. Mesmo que anteriormente tenha estimulado o descanso ao levar os discípulos a uma viagem de recreação, o Senhor aponta agora que o repouso também pode ocorrer em hora errada. Ele diz aos Seus seguidores, ali no Getsémani, o seguinte: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores” (Mc 14, 41). Há momentos em que não comportam descanso e ócio; é preciso adotar uma atitude bem diferente. Na realidade, não se pode indicar os momentos não apropriados para o descanso, mas certamente teremos a devida orientação por parte de Deus a respeito dessa questão.

Ciente de não ter esgotado esse pano de fundo para as férias e descanso, nós nos propomos agora a fazer algumas indagações e reflexões. Deus quer que tenhamos tempo para restaurar as forças físicas, mentais e espirituais. Nossa inquietação, no entanto, é o que nós chamamos de descanso, o que nós praticamos como descanso e que nós, por isso, encaramos como as bem merecidas férias. Estaria o Senhor contente com o repouso que praticamos? Ele convidou os discípulos para uma viagem de férias para estarem com Ele e terem tempo para estar em sintonia com o Filho de Deus. Será que planejamos as nossas férias para alcançar esse propósito?

Podemos nos perguntar também: “Será que Deus aprovaria os locais que escolhemos para descansar?” Os lugares mais badalados e também procurados são as praias e os balneários das termas. Será que esses lugares nos proporcionam descanso e restauração física, mental e espiritual? Uma vez que ali há um aglomerado tão grande de pessoas, sempre há alguma coisa acontecendo e nos convidando para envolvimento. Por outro lado, corre solta a sensualidade em todas as formas, ela parece ser o fator principal nesses “locais de férias”. Se formos honestos e atenciosos não descobriremos que, em vez de descanso, alcançamos algo bem mais forte em emoções e adrenalina e, por que não dizer, em estímulos sexuais? Como se isso não bastasse ainda, muitos ali ficarão com a autoestima tão abalada ao verem que o corpo não está dentro dos padrões de beleza estabelecidos por aqueles que procuram e desenvolvem os padrões de beleza em nossos dias. Toda a mídia se esforça a desenvolver um modelo de repouso que prevê e precisa que as férias sejam regadas a muita bebida alcoólica.

É mais do que evidente que em nossos dias realmente precisamos de férias, precisamos de descanso e precisamos “recarregar as nossas baterias”. O nosso esgotamento ocorre nas três áreas que já indicamos anteriormente: física, mental e espiritual. Muitas vezes, somos exigidos de forma tão vigorosa fisicamente que o corpo fica arrasado. Isso tem consequências sobre a mente e certamente também sobre a parte espiritual.

Outras vezes, e isso depende da nossa atividade, a mente é exigida tanto que afeta o corpo também e, em consequência disso, o nosso espírito. Já outras atividades exigem tanto do “coração e do espírito”, que nos deixam arrasados nessa área. E se estamos exaustos, este cansaço também afeta o corpo e a mente. Mesmo que teoricamente funcionemos em áreas, nós formamos um todo e o todo sofre com dificuldades em uma ou outra área. Dentro desse raciocínio deve-se ter uma inquietação: nossas férias facilmente se tornam o momento ou o período em que nós também damos férias a Deus? As coisas parecem estar tão perfeitas e gostosas que não precisamos do Senhor. Ou então dormimos tanto pela manhã para já não haver mais tempo para um período devocional antes de irmos aos passeios. Por outro lado, esses passeios nos cansam tanto que à tarde temos de ter aquela soneca gostosa. À noite, muitas vezes, acontece alguma festa com amigos ou parentes que estão no mesmo lugar e a hora fica avançada demais para ainda termos tempo para Deus. Dentro dessa linha uma pergunta: Será que Deus aprovaria o fato de darmos, em nossas férias, férias também para Ele?

Pe. Anderson Marçal

Agulha e a linha - Nós adoramos apontar onde os outros deveriam mudar

Agulha e a linha

Nós adoramos apontar onde os outros deveriam mudar
Um conto dos padres do deserto diz que certo monge, vendo a morte chegar, pediu aos seus companheiros que lhe trouxessem a chave do céu: queria morrer agarrado a ela. Um companheiro saiu correndo e lhe trouxe a Bíblia, mas não era isso que o agonizante queria. Outro teve a ideia de trazer a chave do sacrário, também não deu certo. Foi então que alguém que conhecia melhor o doente foi buscar agulha e linha. Agarrado a esses objetos prosaicos, o irmão passou mais tranquilo para a vida eterna. Era o alfaiate da comunidade: sua chave para o céu era a atividade diária, carinhosamente realizada para servir aos seus irmãos.

A historinha nos leva a entender que o trabalho cotidiano do monge foi a sua verdadeira chave para entrar no céu. Com certeza, ele também devia ter rezado muito, meditado bastante, talvez jejuado nos dias certos e cultivado algumas dezenas de outras virtudes. No entanto, ele sabia muito bem que tudo dependia de como ele havia exercido o seu maior serviço na comunidade.

O caminho da santidade pode passar por momentos extraordinários, gestos de heroísmo, façanhas memoráveis; porém, passa, em primeiro lugar, por aquilo que fazemos bem ou mal no dia a dia. Todos nós reconhecemos que, em nossa vida, é muito mais pesado o dever cotidiano do que alguns momentos de esforço, difíceis, sim, mas passageiros.

É por isso que João Batista, o precursor, deu respostas diferentes para os diversos grupos de pessoas que lhe perguntavam: “O que devemos fazer?” Todos deviam partilhar o que estava sobrando de suas roupas e de sua comida. A solidariedade com os necessitados e carentes é o primeiro passo para iniciar uma nova vida. Sem desprendimento não há verdadeira conversão. Depois o profeta do deserto apontou escolhas diferentes para os cobradores de impostos, que extorquiam o povo, e para os soldados que deviam aproveitar demasiadamente da sua força e das suas armas. Significa que cada um deles, naquele tempo, como também nós, hoje, devemos encontrar o nosso próprio caminho de conversão, a partir do lugar onde estamos.

No entanto, nós adoramos apontar onde os outros deveriam mudar e o que deveriam fazer para dar certo. Mais uma vez é muito mais fácil criticar os outros ou declarar como nos comportaríamos se estivéssemos no lugar deles do que começar a corrigir e a melhorar a nossa própria vida.

Os exemplos não faltam. Muitos sabem perfeitamente o que eles fariam se fossem o presidente ou o governador. No entanto, poderiam começar a cuidar melhor das suas famílias e dos seus negócios. Mal conseguem administrar os seus lares; o que fariam se tivessem maior responsabilidade? Não muito diferente acontece na Igreja também. Quem nunca quis dar conselhos ao padre, ao bispo e ao Papa? Com toda razão, talvez, mas nem sempre quem distribui sentenças aplica os mesmos critérios para si mesmo. Com isso não quero dizer que não podemos mais falar ou criticar. Ao contrário, a correção fraterna é evangélica e salutar entre amigos e irmãos. Quando, porém, a crítica é estéril, ou é a descarga de mágoas, invejas e frustrações, ela não serve nem para quem a recebe nem para quem a dispara.

De acordo com nossas responsabilidades, cada um de nós tem muito a melhorar, simplesmente procurando cumprir bem o que se supõe seja o seu dever, ou, ao menos, o seu trabalho cotidiano. Assim os pais poderiam caprichar mais na educação dos seus filhos. Os educadores deveriam ensinar mais humanidade e amor à vida própria e à dos outros. Quem julga, deveria julgar com justiça. Quem administra, fazê-lo com mais honestidade e lisura. Quem comunica, buscar a verdade e não o seu próprio interesse. Quem deve evangelizar também deveria fazê-lo com alegria, entusiasmo e competência, deixando de lado outras preocupações.

Todos precisamos nos agarrar mesmo às “agulhas” e às “linhas” de nossas vidas. Fazer bem o que está ao nosso alcance, no dia a dia, sempre será a melhor chave para entrar no Reino do Céu. Se isso ainda nos interessa.

Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá

É Natal - Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade

Imagem de Destaque

É Natal

Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade
"Alegremo-nos! Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com a promessa da eternidade".

Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque o nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida.

Quando chegou a plenitude dos tempos fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com o Criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que antes vencera.

Eis por que, no nascimento do Senhor, os anjos cantam jubilosos: Glória a Deus nas alturas; e anunciam: Paz na Terra aos homens de boa vontade (Lucas 2,14). Eles veem a Jerusalém celeste ser formada de todas as nações do mundo. Diante dessa obra inexprimível do amor divino, como não devem alegrar-se os homens, em sua pequenez, quando os anjos, em sua grandeza, assim rejubilam?

Amados filhos, demos graças a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo; pois, na imensa misericórdia com que nos amou, compadeceu-se de nós. "E quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, Ele nos deu a vida com Cristo" (Efésios 2,5) para que fôssemos n'Ele uma nova criação, uma nova obra de suas mãos.

Despojemo-nos, portanto, do velho homem com seus atos; e tendo sido admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.

Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o Reino de Deus.

"Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede, não recaias sob o jugo do demônio, porque o preço de tua salvação é o sangue de Cristo (São Leão Magno, papa, Sermo in Nativitate Domini, 1-3).”

Na grande alegria do Natal do Senhor, compartilhemos a festa e seus frutos!

Natal feliz é Natal com Cristo!

Tenha um santo e feliz Natal!

Padre Eliano explica o verdadeiro sentido do Natal

Padre Eliano explica o verdadeiro sentido do Natal

O sacerdote da Fraternidade ‘Jesus Salvador’ Padre Eliano Luiz fala sobre o verdadeiro sentido do Natal. “O Natal só tem sentido no coração daquele que tem fé”, explica.

‘Somente quem tem um coração pobre acolhe a presença do Menino Deus’ (Padre Eliano).

Ouça e deixe seu testemunho.


Como baixar:

Papa deixa mensagem de Natal aos membros da Cúria Romana

Papa deixa mensagem de Natal aos membros da Cúria Romana


Da Redação, com Rádio Vaticano


"Reaprender a capacidade de reconhecer a culpa e dar o primeiro passo em direção ao outro para construir a paz". Este foi o pedido do Papa Bento XVI no tradicional encontro de final de ano com a Cúria Romana para os cumprimentos de Natal esta manhã, 21, na Sala Clementina no Vaticano.

Em seu discurso, o Santo Padre manifestou sua gratidão aos membros da Cúria Romana, do Governo e representantes pontifícios pelo serviços generosos prestados à Igreja e destacou o amor de Deus manifestado no nascimento do Menino Jesus. "Aquele Menino que adoramos em Belém nos convida a sentir o imenso amor de Deus, aquele Deus que desceu do Céu e tornou-se perto de cada um de nós para nos tornar seus filhos, parte da sua própria família".

Bento XVI recordou ainda os importantes acontecimentos deste ano: suas viagens apostólicas à África, Terra Santa e República Tcheca, e a realização do Sínodo para a África e do Ano Sacerdotal.

Em seguida, o decano do Colégio dos Cardeais, Cardeal Angelo Sodano, dirigiu uma saudação ao Papa destacando a proximidade que une a todos no Natal. "O Natal é, para as nossas famílias cristãs, uma boa oportunidade para se unir e reforçar os seus laços de amor mútuo. Em tais circunstâncias, a Família Pontifícia quer se reunir em torno de você, Santo Padre, para renovar os sentimentos de profunda comunhão eclesial e para desejar um Feliz e Santo Natal".

Dom Angelo também expressou o desejo da Cúria Romana, em vivenciar com o Sucessor de Pedro, uma "Última Ceia de 'aprendizagem', dedicada ao avanço do Reino de Deus", expressão usada pelo Papa Paulo VI.

Assim, o cardeal reafirmou o compromisso dos membros do Colégio Cardinalício de "colaborar com Vossa Santidade, para a expansão do Reino de Deus no mundo de hoje".

Por que será que eu não perdoo?

Por que será que eu não perdoo?

Enquanto não compreendermos que o perdão é uma decisão que parte da nossa razão convertida, estaremos sujeitos às más lembranças, sentimentos feridos e traumas que, além de trazer grande sofrimento – pior ainda: atrasam a nossa conversão.

Perdoa quem se decide por Cristo e, mesmo entre lágrimas, ultrapassa as dores que mantêm vivo o "homem velho". É por isso que a Bíblia ensina que o Reino de Deus pertence aos violentos.

O perdão é a decisão mais justa que devemos tomar; ele é direito de todos.
Negá-lo é como negar a Cristo!

Os santos constituem o presente e o futuro da Igreja e da sociedade

Os santos constituem o presente e o futuro da Igreja e da sociedade: Bento XVI recebendo os membros da Congregação para as Causas dos Santos, nos 40 anos da sua constituição






Os santos não são gente do passado, mas sim o presente e o futuro da Igreja e da sociedade: sublinhou Bento XVI, recebendo neste sábado, no Vaticano, os membros e colaboradores da Congregação para as Causas dos Santos, liderados pelo respectivo Prefeito, o arcebispo Angelo Amato. O Papa evocou o quadragésimo aniversário da instituição, da parte de Paulo VI, deste dicastério da Cúria Romana, conferindo-lhe a sua forma actual, mais orgânica e moderna, para concretizar aquele discernimento que a Igreja, desde as origens, pôs em acto para reconhecer a santidade dos seus filhos. Um “serviço à edificação do Povo de Deus”, “significativo contributo para a obra da evangelização”:

“Quando a Igreja venera um Santo, anuncia a eficácia do Evangelho e descobre com alegria que a presença de Cristo no mundo, reconhecida e adorada na fé, é capaz de transfigurar a vida do homem, produzindo frutos de salvação para toda a humanidade”.

Aliás, observou ainda o Papa, “cada beatificação e canonização é, para os cristãos, um forte encorajamento a viver com intensidade e entusiasmo o seguimento de Cristo, caminhando para a plenitude da existência cristã e para a perfeição da caridade”.

“Os Santos – sinal daquela radical novidade que o Filho de Deus, com a sua incarnação, morte e ressurreição, inseriu na natureza humana, e insignes testemunhas da fé - não são representantes do passado, mas constituem o presente e o futuro da Igreja e da sociedade”.

Bento XVI prosseguiu fazendo alusão à sua última Encíclica – “Caritas in veritate” (caridade na verdade): “Eles [os santos] realizaram em plenitude aquela caritas in veritate que é o sumo valor da vida cristã, e são como as faces de um prisma, sobre as quais, com variadas diferenciações, se reflecte a única luz que é Cristo”.

O Papa observou ainda que a vida de cada santo, de qualquer parte da terra, apresenta sempre “duas significativas constantes”. Por um lado, o facto de a sua relação com o Senhor nunca ser repetitiva, exprimindo-se em “modalidades autênticas, vivas e originais, brotando de um diálogo com o Senhor intenso e envolvente, que valoriza e enriquece mesmo as formas externas”. Além disso, na vida destes nossos irmãos e irmãs, “vem ao de cima a contínua busca da perfeição evangélica, a recusa da mediocridade e a tensão em direcção à total pertença a Cristo”.

Na parte final do discurso que dirigiu aos membros e colaboradores da Congregação para as Causas dos Santos, o Papa referiu-se à oportunidade espiritual e pastoral que constitui o longo processo que do reconhecimento da heroicidade das virtudes ou do martírio conduz depois à beatificação e finalmente, quando é o caso, à canonização:

“No itinerário para o reconhecimento da santidade, emerge uma riqueza espiritual e pastoral que abrange toda a comunidade cristã. A santidade – isto é, a transfiguração das pessoas e das realidades humanas à imagem de Cristo ressuscitado - representa o objectivo último do plano de salvação divina, como recorda o apóstolo Paulo: ‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’.”

Por que o Verbo se encarnou?

Por que o Verbo se encarnou?

O maior acontecimento da história

"E o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós" (João 1, 14).

Deus se fez homem. Na Pessoa do Verbo, Ele assumiu a natureza humana sem abandonar a divina. Foi o maior acontecimento da história.

A fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus" (1 Jo 4,2). Esta é a alegre convicção da Igreja desde o seu começo, quando canta "o grande mistério da piedade": "Ele foi manifestado na carne" (1 Tm 3,16).

Mas por que Deus se fez homem? A Igreja nos responde:

1 - “O Verbo se fez carne para salvar-nos, reconciliando-nos com Deus” (Catecismo da Igreja Católica – CIC § 457).

"Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (1Jo 4,10). "O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo" (1 Jo 4,14). "Este apareceu para tirar os pecados" (1 Jo 3,5).

O pecado de toda a humanidade ofendeu a Majestade Infinita de Deus Criador; e nenhum resgate humano seria suficiente para reparar a ofensa contra a Majestade divina. O Catecismo afirma que:

“Nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência em Cristo da Pessoa Divina do Filho, que supera e, ao mesmo tempo, abraça todas as pessoas humanas, e que o constitui Cabeça de toda a humanidade, torna possível seu sacrifício redentor por todos” (CIC § 616).

A morte de Cristo realizou a redenção definitiva dos homens pelo "Cordeiro que tira o pecado do mundo" e reconduziu o homem à comunhão com Deus, reconciliando-o com Ele pelo "Sangue derramado por muitos para remissão dos pecados". Este sacrifício de Cristo é único. Ele realiza e supera todos os sacrifícios. Ele é primeiro um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega seu Filho para reconciliar-nos com Ele. É, ao mesmo tempo, oferenda do Filho de Deus feito homem, o qual, livremente e por amor, oferece a vida ao Pai pelo Espírito Santo, para reparar nossa desobediência.

“Como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos" (Rm 5,19). Por Sua obediência até a morte, Jesus realizou a substituição do Servo Sofredor que "oferece sua vida em sacrifício expiatório", "quando carregava o pecado das multidões", "que Ele justifica levando sobre si o pecado de muitos".

São Gregório de Nissa, Padre da Igreja (†340), explica:

“Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visita-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Or. Catech. 15: PG 45,48B).

A Epístola aos Hebreus fala do mesmo mistério:

“Por isso, ao entrar no mundo, ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui... para fazer a tua vontade” (Hb 10,5-7, citando Sl 40,7-9 LXX).

2 – "O Verbo se fez carne para que conhecêssemos o amor de Deus" (CIC § 458).

"Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele" (1 Jo 4,9). "Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna" (Jo 3,16).

Ninguém mais tem o direito de duvidar do amor de Deus por nós. O que mais o Senhor poderia ter feito por nós? Além de nascer como homem, sujeito às nossas fraquezas, ainda experimentou a morte na cruz.

São Paulo canta o mistério da Encarnação:

“Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,5-8).

3 – “O Verbo se fez carne para ser nosso modelo de santidade” (CIC § 459).

"Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim..." (Mt 11,29).

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: "Ouvi-o" (Mc 9,7). Pois Ele é o modelo das Bem-aventuranças e a norma da Nova Lei: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12). Este amor implica a oferta efetiva de si mesmo em seu seguimento.

4 – “O Verbo se fez carne para tornar-nos "participantes da natureza divina" (II Pd 1,4). (CIC § 460).

Santo Irineu (†202) assim explicou essa verdade:

"Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus" (Adv. Haer., 3,19,1).

São Tomás de Aquino disse: “O Filho Unigênito de Deus, querendo-nos participantes de sua divindade, assumiu nossa natureza para que aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses" (Opusc. 57 in festo Corp. Chr.1).

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP.

Deus criou homem e mulher para viverem juntos

Deus criou homem e mulher para viverem juntos

Deus criou homem e mulher para viverem juntos, em sadia convivência. Para que os homens sejam puros e consigam chegar aonde Deus quer, eles precisam das mulheres; eles precisam conviver com elas de forma sadia, como o Senhor sempre quis. Da mesma forma, para que as mulheres sejam puras e passem por esse processo de “purificação” precisam de uma sadia convivência com os homens.

A realidade mostra que todos nós fomos muito marcados quanto ao relacionamento homem e mulher. Fatos dolorosos aconteceram conosco, principalmente com a mulher, que tem sido muito marcada. Muitas nem querem mais saber de homens, pois acham que são todos iguais àqueles que as decepcionaram.

Muitos homens tiveram experiências com mulheres fáceis, que se insinuaram e se entregaram facilmente. Para muitos deles, elas se tornaram apenas objetos de prazer. Nada disso, porém, corresponde à realidade linda que Deus criou.

Na Canção Nova, Deus nos deu a graça da experiência de homens e mulheres vivendo em sadia convivência, mostrando que é possível criar um oásis no meio desse deserto de depravação e malícia. Não é fácil; é uma luta, mas é possível. É nessa convivência sadia de homens e mulheres que vai acontecer a purificação de que todos nós precisamos.

Esse é o projeto de Deus. Isso é possível!

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib

domingo, 20 de dezembro de 2009

João Paulo II fica mais perto da beatificação

João Paulo II fica mais perto da beatificação

Leonardo Meira
Da Redação, com Vatican Information Service


Falta apenas o reconhecimento oficial de um milagre para a beatificação de João Paulo II
O reconhecimento das virtudes heroicas do Servo de Deus João Paulo II (Karol Wojtyla) foi autorizado pelo Papa Bento XVI.

Passados quase cinco anos da morte do papa polonês, o clamor "Santo Subbito!" ("Santo já!") - que ecoou na Praça de São Pedro durante os funerais - está mais perto de se concretizar.

Na manhã deste sábado, 19, Bento XVI recebeu em audiência privada o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Arcebispo Angelo Amato. Na ocasião, o Papa autorizou a promulgação de outros decretos da Congregação, que reconhecem milagres, virtudes heroicas e martírios de outros 20 postulantes aos altares.

O caminho até a beatificação de João Paulo II ficou mais curto. Agora, falta apenas o reconhecimento oficial de um milagre realizado através de sua intercessão.

Na já extensa lista de possíveis curas operadas através de sua intercessão, a da religiosa francesa Marie Simon Pierre é a acompanhada mais de perto. A freira, que pertence à Congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, se recuperou de forma inexplicável do Mal de Parkinson dois meses após a morte do Papa.

"João Paulo II me curou. Foi obra de Deus, graças à intercessão dele. Estava doente e me curei. Agora, corresponde à Igreja decidir e reconhecer se se trata ou não de um milagre", disse a religiosa durante entrevista coletiva, em março de 2007.

Na lista divulgada pelo Vaticano, também se encontra o Papa Pio XII (Eugenio Pacelli), que exerceu papel fundamental no auxílio aos judeus perseguidos pelos nazistas durante a II Guerra Mundial e apontou os perigos do comunismo soviético.

O comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé precisa as autorizações:

"As virtudes heroicas do Servo de Deus João Paulo II (Karol Wojtyla) Sumo Pontífice, nascido aos 18 de maio de 1920 ,em Wadowice (Polonia), e falecido em Roma, aos 2 de abril de 2005".

"As virtudes heroicas do Servo de Deus Pio XII (Eugenio Pacelli), Sumo Pontífice, nascido em Roma, aos 2 de março de 1876 e falecido em Castelgandolfo, aos 9 de outubro de 1958"

Natal é resposta ao drama da humanidade em busca da paz, diz Papa

Natal é resposta ao drama da humanidade em busca da paz, diz Papa


Da Redação, com Rádio Vaticano


"O Natal não é uma fábula para meninos. É a resposta de Deus ao drama da humanidade em busca da verdadeira paz", disse o Papa Bento XVI aos peregrinos reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano, para o Ângelus deste domingo, 20.

O Santo Padre recordou o anúncio do profeta Miqueias proposto pela liturgia deste quarto domingo do Advento. A profecia refere Belém, a cidade de Davi, como a terra onde terá lugar um misterioso nascimento ligado a um tempo de reconciliação e de paz entre os filhos de Israel.

"Existe um projeto divino que compreende e expõe os tempos e lugares da vinda do Filho de Deus no mundo. É um projeto de paz, como anuncia ainda o profeta falando do Messias: 'Levantar-se-á e apascentará com a força do Senhor, com a majestade do nome do Senhor seu Deus… Ele próprio será a paz!'".

E o Papa prosseguiu detendo-se neste "último aspecto da profecia – o que diz respeito à paz messiânica", ligada ao simbolismo de Belém.

"Belém é também uma cidade - símbolo da paz, na Terra Santa e no mundo inteiro. Infelizmente, nos nossos dias, Belém não representa uma paz alcançada e estável, mas uma paz arduamente procurada e aguardada".

Em todo o caso, Deus não se resigna a este estado de coisas:

"Também este ano, em Belém e no mundo inteiro, se renovará na Igreja o mistério do Natal, profecia de paz para cada homem, que empenha os cristãos a inserir-se nos bloqueios, nos dramas, muitas vezes desconhecidos e escondidos, e nos conflitos do contexto em que se vive, com os sentimentos de Jesus, para se tornarem por toda a parte instrumentos e mensageiros de paz, para levar amor onde há ódio, perdão onde há ofensa, alegria onde há tristeza e verdade onde há erro, segundo as belas expressões de uma conhecida oração franciscana".

"Hoje, como nos tempos de Jesus, o Natal não é uma fábula para meninos, mas a resposta de Deus ao drama da humanidade em busca da verdadeira paz. ‘Ele mesmo será a paz!’, diz o profeta referindo-se ao Messias. Toca a nós abrir, de par em par, as portas, para O acolher".

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A verdadeira alegria não vem das coisas mas do amor e da verdade

A verdadeira alegria não vem das coisas mas do amor e da verdade: salientou o Papa antes da recitação do Angelus neste Terceiro Domingo de Advento. Bento XVI rezou pelos missionários mortos nestes dias em África







(13/12/2009) A verdadeira alegria é sentir que a nossa existência pessoal e comunitária é visitada e enchida por um grande mistério, o mistério do amor de Deus. Foi o que afirmou Bento XVI dirigindo-se ao meio dia ás cerca de 50 mil pessoas congregadas na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus e a bênção das estatuinhas do Menino Jesus que depois serão colocadas nos presépios das famílias romanas, das escolas e das paroquias.
“Para nos alegrarmos - salientou o Papa – precisamos não só de coisas, mas de amor e de verdade; precisamos de um Deus próximo de nós que aquece o nosso coração e responde ás nossas expectativas profundas. Este Deus manifestou-se em Jesus nascido da Virgem Maria. Portanto aquele menino Jesus que colocamos na gruta ou no presépio é o centro de tudo, é o coração do mundo”
Rezemos – exortou Bento XVI – para que cada homem, como a Virgem Maria, possa acolher como centro da própria vida o Deus que se fez Menino, fonte da verdadeira alegria.
A Mãe Igreja, enquanto nos acompanha para o Santo Natal, ajuda-nos a redescobrir o sentido e o gosto da alegria cristã, tão diferente daquela do mundo.
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou quatro missionários mortos nos dias passados em varias zonas de África, invocando paz e reconciliação.
“Esta semana chegaram noticias tristes de alguns Países de África acerca da morte de 4 missionarios. Trata-se dos padres Daniel Cizimya, Luís Blondel e Gerry Roche e da Irmã Denise Kahambu. Foram testemunhas fiéis do Evangelho que souberam anunciar com coragem também com o risco da própria vida. O Santo Padre manifestou a sua proximidade as famílias e ás comunidades que vivem esta dor, convidando todos a unirem-se á sua oração para que o Senhor os acolha na Sua Casa, console todos aqueles que choram e sua perda e traga com a sua vinda reconciliação e paz.

Que tempo é o meu diante de Deus?

Que tempo é o meu diante de Deus?

Com nossas escolhas colaboramos ou atrapalhamos seu processo
A natureza, todos os dias, nos ensina lições importantes e uma delas é este processo de saber respeitar o tempo certo para cada coisa. Sou aprendiz da natureza desde criança e cada vez mais surprendo-me com seus ensinamentos.

Perto de onde trabalho existem muitas árvores de uma espécie comum aqui na Europa. São em geral bem altas e frondosas; por intermédio delas é fácil perceber as mudanças da natureza em cada estação do ano. Na primavera esbanjam beleza em sua folhagem verde e abundante; no verão trazem sombra fresca e acolhimento aos caminhantes. Quando chega o outono, suas folhas mudam de cor, colorindo a paisagem com um amarelo avermelhado que chama atenção mesmo a longas distâncias, mas depois elas caem forrando o chão como se fosse um tapete natural. É lindo, mas sinto pena de vê-las caírem enquanto a árvore vai ficando cada dia mais descoberta e pobre. É assim que passam todo o inverno, até nascerem novos brotos e recomeçar o processo.

Estamos nos últimos dias do outono europeu e tenho contemplado as folhas que caem. Um cenário bonito, apesar de doloroso. A natureza está dizendo-me que é hora de deixar passar o que passa e ficar com o essencial. Ela sabe que o processo é necessário para continuar viva e não segura suas folhas e convida-me para fazer o mesmo.

Durante um dos programas que apresento na Rádio Canção Nova, falei sobre isso convidando os ouvintes para aprenderem as lições da natureza. A reação foi imediata e pude aprofundar o assunto com uma ouvinte que pedia ajuda. Partilhou sua dor pela perda, mas falou também sobre a pressa em ver nascer novos brotos, novas cores, novos frutos. Ela acabara de viver o "outono" e queria a "primavera" a todo custo. Ajudei-a a perceber que faltava o "inverno", falei sobre sua riqueza e convidei-a à calma, ao silêncio, à escuta e à espera, próprios dessa estação. Assim como a árvore precisa do inverno para ser refeita, nossa alma também. A "primavera" virá no tempo certo e será linda se soubermos esperar por ela!

Quando paramos para pensar, logo percebemos que estamos em alguma das estações. Grande sabedoria é vivê-la bem, respeitando seu processo, seus limites, suas virtudes e fraquezas, mas sem pressa nem apego. A primavera é encantadora, mas se nos apegarmos a ela, como iremos contemplar os dias iluminados do verão? E se não nos lançarmos no outono deixando que caiam as folhas amareladas, como poderemos acolher o silêncio e a calma do inverno que refaz?

A vida é assim, passa por fases, com nosssas escolhas colaboramos ou atrapalhamos seu processo.

Peçamos o auxílio do Espírito Santo, que enviado por Deus, vem em socorro das nossas necessidades em cada tempo de maneira exclusiva, pois é assim que Deus nos ama.

Para quem encontra-se hoje como a "árvore desfolhada", passando pelo silêncio e a calma do inverno, peça o Espírito Santo que aqueça, ilumine e devolva esperança ao coração abatido. Para quem se sente passando pelo "outono", mas percebe suas folhas presas por alguma razão, o Espírito Santo vem como vento e sopra para longe tudo o que é empecilho para sua renovação.

Aos que se sentem sufocados por entulhos das "estações" passadas, "folhas secas" amontoadas impedindo que a beleza desabroche, o Espírito vem como fogo do verão e queima todo o lixo, permitindo que a vida renasça. Para os que não conseguem ver os frutos crescer e a esperança de uma boa colheita parece distante, o Espírito Santo vem como luz, água e calor, fortalecendo a "árvore" e proporcionando uma "colheita" abundante, fortalecendo seus sonhos e o encorajando a perseverar para chegar à vitória.

Seja qual for seu tempo diante de Deus, procure vivê-lo bem, extraindo a graça própria, que por intermédio d'Ele é oferecida hoje.

Estamos juntos!

Foto Dijanira Silva

Ele veio cumprir toda a justiça


Ele veio cumprir toda a justiça

O batismo de Jesus
Neste trabalho, Denis Duarte nos apresenta, por intermédio do Evangelho de São Mateus 3,13-17, o próprio Jesus sendo batizado.

Se para todos os demais o batismo realizado por São João era sinal de arrependimento, por que Jesus – o Filho de Deus - se submete a esse ato?

No mesmo tema, veremos também o significado da palavra “justiça”, quando Cristo diz que veio para cumprir toda a vontade do Pai.

Saiba mais detalhes ouvindo o Podcast:

Com a Bíblia em mãos, clique no link para ouvir o podcast e depois deixe seu comentário no grupo Gente de Fé

Foto

Denis Duarte - Canção Nova

sábado, 12 de dezembro de 2009

A feminilidade e a sensualidade


A feminilidade e a sensualidade

Ser cristã não significa vestir-se de modo desleixado

Parece-me que os conceitos sobre “feminilidade” e “sensualidade” estão se misturando de tal forma em nossa sociedade, que as pessoas encontram dificuldades para diferenciá-las. Fui pesquisar em primeiro lugar como estão definidos no dicionário Aurélio e encontrei o seguinte:

Feminilidade = s.f. Qualidade, caráter, modo de ser, de viver, de pensar, próprio da mulher.

Sensualidade = s.f. Propriedade do que é sensual. / Inclinação pelos prazeres dos sentidos; amor das coisas ou qualidades sensíveis.

Sensual = adj. Relativo aos sentidos. / Que satisfaz os sentidos: prazeres sensuais.

A partir dessas definições, convido você para refletir comigo.

Gosto muito da definição dada pela Igreja sobre a sexualidade humana de acordo com o Conselho Pontifício para a Família: "Sexualidade humana: verdade e significado". Peço que leia com bastante atenção como a instituição criada por Cristo a vê: Há que salientar a importância e o sentido da diferença dos sexos como realidade profundamente inscrita no homem e na mulher: «a sexualidade caracteriza o homem e a mulher, não apenas no plano físico, mas também no psicológico e espiritual, marcando todas as suas expressões». Isto é, não se pode reduzir a sexualidade a um puro e insignificante dado biológico, mas, como nos diz a Igreja é «uma componente fundamental da personalidade, na sua maneira de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, exprimir e viver o amor humano».

É importante entender que a resposta sexual não se limita ao comportamento sexual, mas a toda forma de sentir, pensar e desejar. Sexualidade envolve o homem total. Faz parte da constituição essencial da pessoa humana e é algo determinante, porque é a partir da sexualidade que nos relacionamos com o mundo.

Homens e mulheres pensam de forma diferente, agem de forma diferente, sentem de forma diferente. E como diz diácono Nelsinho Corrêa: “Diferenças não são barreiras, são riquezas”. E isso é plena verdade. Homens e mulheres são diferentes porque são complementares, um não é melhor do que o outro. Homens e mulheres devem ser iguais no direito à oportunidade de desenvolver plenamente sua potencialidade, mas, definitivamente, não são idênticos na sua capacidade inata.

Ao mesmo tempo que a sexualidade é parte constitutiva da nossa essência, não se trata de algo pronto, mas que, como tudo em nós, precisa ser desenvolvido até o último dia de nossas vidas.

Quero falar especialmente para as mulheres e fazer-lhes um convite: não tenhamos medo de assumir a nossa essência, sendo cada dia mais femininas. Não gastem energia querendo e buscando ser melhores do que os homens, querendo e buscando provar o seu valor. Somos diferentes e cada um de nós tem valor e dignidade própria pelo simples fato de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus. Ser mulher é dom, é graça.

Uma coisa, no entanto, temos que entender: ser feminina e ser sensual são coisas distintas. Na sensualidade existe um contexto biológico. Especialmente no período fértil, nos sentimos mais bonitas, sentimos vontade de nos vestir e de nos arrumar melhor, e assim por diante. São reações hormonais que têm como objetivo a procriação, então, o corpo se prepara para conquistar o homem por estar pronto para gerar uma vida. Muitas vezes, agimos assim sem nos dar conta disso. Além disso, a nossa sociedade, que tanto banaliza a sexualidade humana, incentiva por todos os meios possíveis a sensualidade, e nisso há uma imensa indústria que visa apenas o lucro. Posso citar também o fato de que todo ser humano traz dentro de si um impulso natural para o prazer, e a sensualidade gera na mulher uma elevação na autoestima, a faz sentir-se mais bonita, mais “poderosa”.

Por isso apresentei no início a visão da Igreja, para que possamos refletir sobre esse aspecto. Sexualidade não é algo apenas biológico, é bem mais do que isso. Quando nos deixamos levar por uma sexualidade sem sentido, como algo apenas biológico, o resultado quase sempre é o vazio. E a pessoa, geralmente, se torna prisioneira da sensualidade por uma necessidade de afirmação pessoal e, assim, o vazio tende a só aumentar.

É próprio da mulher o querer andar bem vestida, bem arrumada. Ser cristã não significa vestir-se de forma desleixada, por exemplo. Mas é ter consciência de que a verdadeira beleza vem do nosso interior. É ter consciência do nosso valor e dignidade de filhas de Deus e não nos deixar levar unicamente pelos sentidos, por nosso instinto sexual. Somos bem mais do que isso. Ser feminina não significa andar com roupas extremamente curtas, justas ou coisas semelhantes. Quanto mais o nosso exterior for um extravasamento do nosso interior, tanto mais bonitas e femininas seremos.

Com isso não estou negando a sexualidade nem a colocando como algo negativo, proibido. A nossa sexualidade faz parte do nosso ser, mas não somos apenas sexo. Nossa sexualidade, quando é vivida com dignidade, nos faz sentir plenos, completos, realizados.

O se deixar guiar e conduzir pela sensualidade, reflete, na maioria das vezes, a necessidade de afirmação pessoal, por um desconhecimento da beleza interior e até mesmo exterior que se tem. Muitas vezes, nos deixamos impregnar por uma imagem ideal: a transmitida pela mídia, mas que é uma beleza estereotipada, vazia.

Concluo reforçando o convite para todas as mulheres: não tenham medo de assumir a sua essência, e assim, ser cada dia mais femininas. Valorizem o dom que é ser mulher. Deixem fluir a beleza interior que vocês têm.

Manuela Melo - Psicóloga


Pesquisar este blog