segunda-feira, 8 de março de 2010

Papa celebra Missa dominical numa paróquia romana. Exortação à conversão quaresmal.

Encorajamento à corresponsabilidade e a projectualidade que integre unitariamente os diversos movimentos e realidades eclesiais

Bento XVI deslocou-se neste domingo de manhã à paróquia romana de São João da Cruz – situada na Colina Salário, na zona norte da cidade, para aí presidir à celebração da Missa dominical. Trata-se de um bairro novo, criado há 25 anos. A paróquia existe desde 1989, utilizando nos primeiros 12 anos instalações provisórias, precárias, até à inauguração da actual igreja, em 2001.
Comentando o Evangelho deste domingo, Bento XVI sublinhou a atitude da gente, que interpreta as desgraças ocorridas como punição divina pelos pecados cometidos, considerando-se ao abrigo daqueles incidentes, pensando não precisarem eles próprios de conversão. Jesus convida a reflectir sobre os factos, com um empenho de conversão.
“É precisamente o fechar-se ao Senhor, o não percorrer o caminho da conversão de si próprio, o que leva à morte, à morte da alma. Na Quaresma, cada um de nós é convidado por Deus a imprimir uma viragem à sua existência, pensando e vivendo segundo o Evangelho, corrigindo alguma coisa no próprio modo de rezar, de agir, de trabalhar e nas relações com os outros”.
A severidade que transparece das palavras de Jesus explicam-se pelo facto de que Ele se preocupa com o nosso bem, com a nossa felicidade e salvação. Pela nossa parte, devemos responder-lhe com um sincero esforço interior, pedindo-lhe que nos ajude a ver os pontos em que precisamos de nos converter.
Aludindo às circunstâncias concretas, locais, o Santo Padre encorajou os membros da paróquia de São João da Cruz a “edificarem cada vez mais a Igreja de pedras vivas que sois vós”. Referindo o facto da paróquia se ter mostrado “aberta, desde o início, aos Movimentos e às novas Comunidades eclesiais, maturando assim mais ampla consciência de Igreja e experimentando novas formas de evangelização”, Bento XVI exortou a “prosseguir nesta direcção”, envolvendo porém “todas estas realidades num projecto pastoral unitário”. Congratulou-se também com a promoção da corresponsabilidade de todos os membros do Povo de Deus (sempre no respeito da especificidade das vocações e da papel dos consagrados e dos leigos), o Papa recordou que “tal exige uma mudança de mentalidade, sobretudo em relação aos leigos, passando do considerá-los colaboradores do clero a reconhecê-los realmente como corresponsáveis do ser e do agir da Igreja, favorecendo assim a promoção de um laicado adulto e empenhado”.

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